BUDAPESTE

SINOPSE

Quando Costa (Leonardo Medeiros), já bem sucedido como ghost-writer, está retornando do Congresso de Escritores Anônimos, em Istambul, uma ameaça de bomba obriga seu vôo a fazer uma aterrissagem forçada em Budapeste.

Desde seus primeiros momentos na cidade, ele se apaixona pelo idioma húngaro, a única língua que o Diabo respeita.

De volta ao Rio, ele reencontra sua mulher Vanda (Giovanna Antonelli), uma famosa apresentadora de telejornal, e seu filho. Mas o casamento se deteriora e, cada dia mais infeliz, ele passa a murmurar o húngaro, enquanto dorme.

Numa última tentativa de salvar seu casamento no Rio, Costa começa a escrever autobiografias. Tenta através das vidas de outras pessoas, acalmar sua insatisfação, seu tédio.

Seu grande best-seller é um livro chamado “O Ginógrafo”, que narra as aventuras amorosas de um alemão, Kaspar Krabbe (Antonie Kamerling), no Brasil, visto como uma visão do paraíso.

Vanda acaba se apaixonando por Kaspar, pois pensa ser ele o verdadeiro autor do genial livro. Pela primeira vez, Costa se sente traído e completamente ressentido com sua profissão de ghost-writer. Resolve fugir para Budapeste e construir um novo personagem para si, uma nova história.

Costa conhece Kriska (Gabriella Hármoni), uma professora de húngaro. Ela é uma mulher de 30 anos, divorciada e mãe de um menino, Pisti. Através dela e de seu amor, Costa se torna o húngaro Zsoze Kósta e inicia, lá também, sua carreira como ghost-writer. Outra vez, escreve, com maestria, teses, contos, e até poesias.

Num labirinto de espelhos – duas cidades, duas mulheres, duas línguas -, à maneira de Borges e Gogol, Costa apenas escreve o que vive ou vive do que escreve? A felicidade e o amor são possíveis ou são invenções dos livros, das belas canções? da palavra?

BUDAPESTE é uma adaptação do livro homônimo de Chico Buarque, um best-seller no Brasil, lançado em mais de vinte países.

Exílio é um tema recorrente na obra e vida de Chico Buarque. E a história de BUDAPESTE também pode ser contada como uma história de exílios, voluntários e involuntários do personagem central José Costa, um ghost-writer. A experiência de ser estrangeiro num país estranho e também em seu próprio país.

José Costa, o personagem principal de BUDAPESTE, já foi apontado por vários críticos como o grande alter-ego de Chico Buarque. Pois seu trabalho o permite observar e escrever, sem expor a si mesmo, o que o compositor sempre intentou para si.

O compositor, cantor e escritor levou 2 anos para escrever a narrativa de BUDAPESTE, seu jogo com o tempo e as palavras. O primor que caracteriza sempre sua obra, como criador.

Alguns críticos analisam José Costa, como um personagem irônico e trágico, fadado a ver a própria história sendo sempre recontada e reescrita.

JOSÉ COSTA escreve a auto-biografia de KASPAR KRABBE, um alemão recém chegado no Brasil. O livro é um grande sucesso e sua esposa Vanda se apaixona por Kaspar e trai Costa, sem saber que ele é o verdadeiro autor do livro.

Uma mulher se apaixona pelas conquistas de um homem ( pelas suas autorias ) ou pelo o que ele é, de verdade? Nesse momento de grande crise pessoal, Costa resolve ir a Budapeste, a cidade que conheceu rapidamente num pouso imprevisto, quando viajava a trabalho, e o lugar de um idioma que desconhece e admira, o húngaro. Lá, ele conhece Kriska, que se torna sua professora de húngaro e amante.

Através do aprendizado do húngaro, Costa tenta construir uma nova identidade para si mesmo, e também uma nova história.

Dentro do painel de personagens e histórias de Chico Buarque, BUDAPESTE é uma história de amor, segundo uma ótica masculina, ágil e loquaz. Mordaz. A história do ghost-writer que vive entre Budapeste e Rio de Janeiro, entre suas duas mulheres Vanda e Kriska, entre o paraíso e a danação. Entre as possibilidades e as impossibilidades amorosas.

Sua narrativa intensa nos faz pensar sobre a verdade: tudo uma questão simplesmente de ponto de vista? Sobre o amor : apenas uma questão de escolha e de conveniência? Sobre a felicidade: existe um lugar de paz possível?

 

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Como disse Caetano Veloso, “Budapeste é talvez o mais belo dos três livros da maturidade de Chico”, ao que José Saramago completa: “Chico ousou muito, escreveu cruzando um abismo sobre um arame e chegou do outro lado. Ao lado onde se encontram os trabalhos executados com maestria, a da linguagem, a da construção narrativa, a do simples fazer. Não creio enganar-me dizendo que algo novo aconteceu no Brasil com este livro”.

Os direitos de filmagem de Budapeste foram negociados pela Nexus Cinema. E a também produtora, Rita Buzzar, começou a adaptá-lo para o cinema, assim como fez com Olga.

“Li o livro, pela primeira vez, numa madrugada. Comecei a ler às 11 horas da noite e terminei às 4 horas da manhã. Depois li várias vezes, tentando já montar uma primeira estrutura. Só então tomei coragem de fazer uma proposta.” Relata a produtora e também roteirista.

“Conheci pessoalmente o Chico no dia da assinatura do contrato de cessão de direitos do livro, e começamos a conversar. Queria muito que ele desse sugestões sobre a adaptação. Num terceiro encontro, ficamos por cinco horas conversando sobre as dúvidas que eu tinha sobre o livro. Sobre a interpretação e impressão que tive dele. Lembro que a sala foi invadida por aleluias, aqueles insetos de verão, e acabamos não ligando as lâmpadas. A sala foi sendo devorada pela escuridão, mas mesmo assim continuávamos a falar sobre o livro”.

Foi depois que escreveu três tratamentos do roteiro, que Rita ofereceu o texto, pela primeira vez, para Chico ler: “Ao todo, foram sete versões. Fui, aos poucos, tomando a liberdade de inventar outras situações, que não existem no livro, e são específicas no roteiro. Mas sempre com o conhecimento de Chico.”

Foi apenas depois de um ano, que Walter Carvalho foi escolhido para dirigir o filme.

chico

Trailer

GALERIA DE FOTOS

FICHA TÉCNICA

ELENCO PRINCIPAL

LEONARDO MEDEIROS
GIOVANNA ANTONELLI
GABRIELLA HÁMORI
PAOLA OLIVEIRA
IVO CANELLAS
DÉBORA NASCIMENTO
ANDRÁS BÁLLINT
DJOKO ROSSICH
NICOLAU BREYER

EQUIPE PRINCIPAL

BASEADO NO LIVRO DE CHICO BUARQUE
DIREÇÃO Walter Carvalho
PRODUÇÃO Rita Buzzar
ROTEIRO Rita Buzzar
DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA Lula Carvalho
DIREÇÃO DE ARTE Marcos Flaksman
FIGURINO Kika Lopes
EDIÇÃO Pablo Ribeiro
TRILHA SONORA Leo Gandelman